top of page

Como funcionam os antibióticos?

siteconscienciaufr

Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos que combatem infecções bacterianas, sendo considerados como bactericidas quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando inibem o crescimento microbiano. Esta classificação depende do mecanismo de ação desses medicamentos, que está relacionado à inibição da função ou da síntese de estruturas bacterianas, tais como parede e membrana celulares, DNA e ribossomos.1,2

Neste texto, iremos comentar algumas classes de antibióticos e como eles atuam. Os antibióticos de origem natural ou semissintética são classificados como β-lactâmicos, tetraciclinas, aminoglicosídeos, macrolídeos entre outros. Já os antibióticos de origem sintética são classificados em sulfonamidas, fluoroquinolonas e oxazolidinonas.1

Os antibióticos β-lactâmicos são os mais receitados, principalmente por seu amplo espectro de atividade antibacteriana, eficácia clínica e perfil de segurança, visto que inibem irreversivelmente a enzima transpeptidase, única em bactérias; dessa forma, impedem a formação adequada da parede celular bacteriana. Exemplos de antibióticos β-lactâmicos são as penicilinas e as cefalosporinas.1

As tetraciclinas atuam na inibição da síntese de proteínas, apresentam um amplo espectro de ação e baixa toxicidade; entretanto, seu uso não é recomendado em crianças e gestantes. Outras classes de antibióticos que também inibem a síntese proteica são: os aminoglicosídeos, que apresentam efeito sinérgico com antibióticos β-lactâmicos; e os macrolídeos, agentes bacteriostáticos.1

Dentre os antibióticos sintéticos, as sulfonamidas inibem a proliferação bacteriana, as fluoroquinolonas inibem a atividade das enzimas essenciais para a replicação do DNA bacteriano e, por fim, as oxazolidinonas apresentam boa atividade frente a bactérias resistentes a outros antibióticos que inibem a síntese proteica.1

Vale destacar que a resistência bacteriana aos antibióticos ocorre devido à rapidez de proliferação, mutação, troca de material genético entre esses microrganismos e adaptação a diversos fatores externos. Entretanto, esse fenômeno pode ser agravado pela utilização de antibióticos sem prescrição médica, bem como pelo uso excessivo e inadequado, sem respeito pelos horários, doses e tempo de tratamento estabelecidos.1

Sabia que podemos prevenir a resistência bacteriana? Você pode fazer a sua parte através de medidas simples como: lavar as mãos regularmente; manter sua vacinação em dia; usar antibióticos sob orientação médica, na dosagem e pelo período indicado, sem interromper o tratamento por conta própria; não utilizar antibióticos que tenham sobrado de tratamentos anteriores ou que tenham sido prescritos para outro paciente, mesmo que os sintomas sejam os mesmos.3


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. GUIMARÃES, D. O.; MOMESSO, L. da S.; PUPO, M. T. Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de novos agentes. Química Nova, v. 33, n. 3, p. 667–679, 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-40422010000300035>. Acesso em: 25 mar. 2023.

  2. WHALEN, K.; SHARMA, S.; VELPANDIAN, T. Lippincott Illustrated Reviews: Pharmacology (South Asian Edition). 1 ed. Gurgaon: Wolters Kluwer India, 2019. 880 p.

  3. Como você pode combater a resistência bacteriana? Pfizer, nov. 2021. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/napalmadamao/como-voce-pode-combater-resistencia-bacteriana>. Acesso em: 9 abr. 2023.


ESCRITO POR: Jennifer Asher Barbosa de Carvalho (aluna de graduação em Farmácia - UFRJ)

93 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page