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Doenças bacterianas: CANDIDÍASE

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Atualizado: 6 de ago. de 2023


Fonte: Istock

A candidíase é uma condição de saúde que tem sido alvo de tabus e desinformação por muitos anos. É uma das infecções fúngicas mais comuns no mundo. Ela pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os sexos, embora seja mais comum em mulheres. Acompanha o texto que vamos esclarecer os mitos e informações sobre a doença.


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É uma infecção causada pelo fungo Cândida, mais comumente pela espécie Candida albicans. Existem outras espécies do fungo que também são associadas a infecções em humanos. É importante notar que a maioria das pessoas abriga esses fungos de forma natural em seu corpo, especialmente o Candida albicans, mas a infecção ocorre quando há um crescimento excessivo e descontrolado dessas espécies em ambientes propícios, como pele, boca, intestinos e genitais. Infecções cutâneas podem ocorrer em áreas úmidas do corpo, como axilas, virilhas e sob os seios.

Curiosidade

Fonte: [4] nas Referências

O nome "Cândida" deriva do termo que vem do latim "candidus", que significa "branco". Isso porque algumas espécies desse fungo podem produzir colônias brancas em meios de cultura.


Transmissão


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Pode ocorrer de diversas maneiras. O contato direto com uma pessoa infectada é uma das principais formas, mas também pode ocorrer através do uso de objetos contaminados, como roupas íntimas ou toalhas. As principais formas de transmissão incluem:

  • Transmissão sexual: contato íntimo com um parceiro infectado, especialmente durante a relação sexual desprotegida.

  • Uso de objetos contaminados: compartilhar roupas íntimas, toalhas, escovas de cabelo e objetos pessoais com uma pessoa infectada.

  • Transmissão mãe-filho: bebês podem adquirir candidíase durante o parto, se a mãe estiver infectada.



Fatores que facilitam a contaminação


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  • Uso de antibióticos: o uso prolongado desses medicamentos pode alterar o equilíbrio da flora bacteriana no corpo, favorecendo o crescimento excessivo do fungo Cândida.

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  • Sistema imunológico enfraquecido: pessoas com imunidade comprometida, como aquelas com HIV/AIDS, câncer ou que passaram por transplante de órgãos, têm maior suscetibilidade à candidíase.

  • Diabetes não controlada: a alta taxa de glicose no sangue pode criar um ambiente propício para o crescimento do fungo.

  • Uso de corticoides: o uso prolongado desses medicamentos pode aumentar o risco de candidíase, uma vez que eles podem suprimir o sistema imunológico.

  • Descuido com a higiene pessoal: a falta de higiene adequada, especialmente em áreas úmidas e quentes do corpo, pode favorecer a proliferação do fungo.

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  • Contato com ambientes úmidos: permanecer por longos períodos em roupas de banho molhadas ou em ambientes quentes e úmidos pode facilitar o crescimento do fungo na pele.


Sintomas

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Podem variar dependendo da área afetada. Geralmente, os sinais da doença incluem:

  • Coceira intensa;

  • Vermelhidão e inchaço na pele ou mucosas afetadas;

  • Nas infecções genitais, pode ocorrer um corrimento branco, semelhante a leite coalhado, acompanhado de odor desagradável;

  • Ardência e dor;

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  • A candidíase oral (sapinho) pode se manifestar através de placas brancas na boca e língua;

  • Desconforto durante a relação sexual ou ao urinar;

  • Nas infecções cutâneas, podem surgir rachaduras e descamação na pele afetada;

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  • A candidíase esofágica pode causar dor e dificuldade ao engolir alimentos;

  • Em infecções sistêmicas, onde o fungo entra na corrente sanguínea, podem ocorrer sintomas mais graves, como fadiga e mal-estar geral;

  • A coceira intensa pode levar ao aumento das lesões, causando feridas e irritações secundárias.

É importante ressaltar que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos os indivíduos infectados com Cândida apresentarão todos esses sinais.

Prevenção


  • Manter a higiene adequada com água e sabão suave, especialmente nas regiões íntimas e áreas de dobras da pele.

  • Evitar roupas apertadas, para dificultar o acúmulo de umidade.

  • Trocar roupas úmidas após nadar ou praticar atividades físicas que causam suor ou se pegar uma chuva daquelas.

  • Use antibióticos somente quando prescritos adequadamente por um profissional.

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  • Evite o uso excessivo de produtos de higiene, pode perturbar o equilíbrio natural da flora vaginal.

  • Use preservativo nas relações sexuais.

Tratamento


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Pode variar conforme a gravidade da infecção. Para casos leves, medicamentos antifúngicos tópicos podem ser suficientes. Já infecções recorrentes ou mais graves podem exigir o uso de antifúngicos orais. Os principais medicamentos utilizados são:

  • Fluconazol: antifúngico oral amplamente utilizado para tratar infecções fúngicas, incluindo a candidíase.

  • Nistatina: disponível em forma de creme, pomada ou solução oral, frequentemente usado para tratar candidíase oral ou infecções cutâneas.

  • Cetoconazol: encontrado na forma de creme, xampu ou comprimidos, utilizado para tratar a candidíase cutânea ou no couro cabeludo.

  • Itraconazol: utilizado para tratar casos mais graves de candidíase ou quando outros medicamentos não são eficazes.

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É importante ressaltar que o tratamento da candidíase deve ser orientado por um profissional de saúde, que irá avaliar o quadro clínico do paciente e prescrever o medicamento mais adequado, bem como a dosagem e duração do tratamento.

Candidíase no Homem

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Embora seja mais comum em mulheres, os homens também podem ser afetados pela candidíase genital. Os sintomas incluem coceira, vermelhidão e irritação na área genital.


Candidíase na Gravidez

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Durante a gestação, devido às mudanças hormonais, o pH vaginal pode se tornar menos ácido, criando um ambiente mais propício para o crescimento da Cândida. O tratamento durante a gravidez deve ser conduzido com cuidado, buscando opções seguras para o bebê. Candidíase Recorrente


Nesses casos, é essencial investigar as possíveis causas subjacentes, como problemas de imunidade ou diabetes.

Candidíase e Estresse

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O estresse pode afetar negativamente o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções fúngicas, incluindo a candidíase.

Diagnóstico da Candidíase


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É geralmente diagnosticado com base nos sintomas e exame físico. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um exame laboratorial para confirmar a presença do fungo.


Conclusão

A conscientização sobre a prevenção da infecção e a implementação de programas de educação em saúde são cruciais para controlar a propagação da doença e melhorar a saúde pública no contexto da candidíase.


Referências


  • [1] ALEIXO NETO, Antônio; HAMDAN, Júnia Soares; SOUZA, Ressalla Castro. Prevalência de cândida na flora vaginal de mulheres atendidas num serviço de planejamento familiar. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 21, p. 441-445, 1999.

  • [2] DA ROCHA, Wilma Raianny Vieira et al. Gênero Candida-Fatores de virulência, epidemiologia, candidíase e mecanismos de resistência. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. e43910414283-e43910414283, 2021.

  • [3] Ministério da Saúde. Candidíase Oral (Sapinho). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/sapinho-candidose-oral-candidiase-ou-moniliase/. Acesso em: 23 de julho de 2023.

  • [4] NAVES, Plínio Lázaro Faleiro et al. Novas abordagens sobre os fatores de virulência de Candida albicans. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 12, n. 2, p. 229-233, 2013.

  • [5] NICOLODI, Maria Antônia Dutra; DANIELLI, Germano. UM PANORAMA SOBRE OS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA DA CÂNDIDA ALBICANS E O TRATAMENTO DA CANDIDÍASE RECORRENTE. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 4, n. 3, p. e432867-e432867, 2023.

ESCRITO POR: Carolina Rodrigues Monteiro Barros (aluna de graduação em Farmácia - UFRJ)

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