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Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

26 de Abril

O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, enfatizando a relevância da prevenção e do acompanhamento contínuo da condição.

 

O que é?


A hipertensão é definida pelo aumento contínuo dos valores da pressão arterial, ultrapassando 140×90 mmHg (milímetros de mercúrio), comumente chamado de 14 por 9. O primeiro valor indica a pressão sistólica, que ocorre durante a contração do coração; já o segundo corresponde à pressão diastólica, registrada quando o coração está em fase de relaxamento.


A hipertensão arterial pode ser classificada como primária, quando tem origem genética, ou secundária, quando resulta de outras condições de saúde, como distúrbios renais, da glândula tireoide ou das suprarrenais. Identificar corretamente a causa é essencial para a escolha do tratamento mais apropriado.


É considerada um dos fatores de risco metabólico que mais contribuem para todas as causas de óbito e para a morbidade e mortalidade por doença cardiovascular (DCV). Por se tratar de um mal silencioso, podem ou não ocorrer sintomas. Quando estes aparecem, os principais são: tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão.

 

Número de hipertensos


Segundo dados do Ministério da Saúde e demais órgãos internacionais de Saúde, a hipertensão afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo, ou seja, mais de um bilhão de pessoas, sendo a hipertensão o principal fator de risco para desenvolver complicações, como: infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, também conhecido como AVC, doença renal crônica, arritmia e demência.


Mais conhecida como pressão alta, a atinge cerca de 27,9% da população brasileira, de acordo com dados de 2023 da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Ainda segundo o levantamento do Vigitel, a prevalência do diagnóstico médico é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%) nas 27 capitais brasileiras. Entretanto, em ambos os sexos, a frequência aumentou com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade.


Tratamento, prevenção e controle


A hipertensão, na maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento inclui o uso de medicamentos, além da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, que são fundamentais para a eficácia do controle da pressão arterial.

 

Ações de prevenção e promoção da saúde, como a prática regular de atividades físicas, uma alimentação equilibrada, a cessação do tabagismo, o manejo do estresse, a melhoria da qualidade do sono e a redução do consumo de bebidas alcoólicas, são estratégias essenciais para o bem-estar e a saúde integral das pessoas.


Além disso, algumas atitudes específicas podem ajudar:

  • Mantenha um peso corporal adequado: o excesso de peso está diretamente associado ao aumento da pressão arterial;

  • Modere o consumo de bebidas alcoólicas;

  • Não fume e evite ambientes com fumaça de cigarro;

  • Escolha uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras e com baixo teor de sal e gorduras.


A prática regular de atividades físicas é parte primordial das condutas não medicamentosas de prevenção e tratamento da hipertensão arterial. A prática regular de atividades físicas de lazer, principalmente vigorosas, reduz em aproximadamente 30% o risco de desenvolvimento da HA. O treinamento aeróbico reduz a pressão alta clínica sistólica/diastólica de hipertensos em cerca de 7/5 mmHg, além de diminuir a pressão alta de vigília e em situações de estresse físico e mental, afirma a profissional de educação física e consultora técnica do Núcleo de Promoção da Atividade Física (Nupaf), Deisy Terumi.


Além da prevenção, a atividade física também auxilia no tratamento de quem já apresenta um quadro de hipertensão arterial. “Segundo diretrizes nacionais e internacionais, todos os pacientes hipertensos devem fazer exercícios aeróbicos complementados pelos exercícios resistidos (exercícios feitos contra algum tipo de resistência com o objetivo principal de fortalecer a musculatura), como forma isolada ou complementar ao tratamento medicamentoso. Quanto mais cedo a atividade física é incentivada e se torna um hábito na vida, maiores os benefícios para a saúde”, complementa a consultora técnica do Nupaf.

 

Quais são as iniciativas públicas?


O Ministério da Saúde desenvolve, em todo o território nacional, ações estratégicas voltadas à promoção de ambientes que favoreçam escolhas saudáveis e acessíveis. Entre essas iniciativas, destacam-se o Incentivo Financeiro para Atividade Física (IAF) - visa estimular a realização de atividade física, principalmente em grupos com doenças crônicas não transmissíveis, inserindo essas atividades na rotina dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o Programa Academia da Saúde (PAS) - funciona com a implantação de espaços públicos conhecidos como polos onde são ofertadas práticas de atividades físicas para população, e o uso de ferramentas tecnológicas voltadas à comunicação e à educação em saúde e atividade física.


Além disso, a pasta disponibiliza o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, publicado em 2021, que reúne recomendações para a redução do comportamento sedentário ao longo dos diferentes ciclos da vida — incluindo gestantes, mulheres no pós-parto, pessoas com deficiência e o contexto da educação física escolar.

 

Conclusão


Diante da expressiva prevalência e das graves consequências associadas à hipertensão arterial, é fundamental reforçar o compromisso coletivo com a prevenção, o diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo da condição.


A mudança de hábitos e o cuidado com a saúde devem ser vistos não como obrigações pontuais, mas como atitudes permanentes que refletem a valorização da vida. Informar-se, manter-se ativo e adotar uma alimentação equilibrada são passos essenciais para a construção de uma sociedade mais saudável e consciente.



Cuidar da pressão é proteger o coração: previna hoje para viver melhor amanhã!

 

Escrito por:  Louise Menezes - aluna de Graduação de Fisioterapia, UFRJ, 6o período.

 


Referências Bibliográficas

 

 

 

 

 

 
 
 

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