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SETEMBRO AMARELO | Mês da Prevenção do Suicídio

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Fonte: Universidade Federal do Ceará


Setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção do suicídio, acontecendo de 1 a 30 de setembro. A ideia é conscientizar as pessoas sobre o suicídio e ajudar a prevenir sua ocorrência. Essa campanha foi incluída no calendário nacional em 2013 pelo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), mas já fazia parte do calendário internacional. O dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a maior campanha anti-estigma do mundo!


Martin Luther King Jr. disse que nossa vida começa a terminar quando ficamos em silêncio sobre coisas importantes. Isso mostra como é fundamental falar sobre assuntos que importam para promover mudanças e alcançar as pessoas. Esse é o objetivo do Setembro Amarelo: quebrar o tabu relacionado ao tema do suicídio e alcançar pessoas com informações de qualidade e relevantes para todos, atuando ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio.


  • Dados sobre suicídio


O suicídio é um grave problema de saúde pública que afeta toda a sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, mais pessoas morrem por suicídio do que por HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios.


Conforme a última pesquisa realizada pela OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios globalmente a cada ano. No entanto, considerando os casos subnotificados, estima-se que esse número ultrapasse 1 milhão. No Brasil, aproximadamente 14 mil casos de suicídio são registrados todo ano, o que equivale a uma média de 38 pessoas por dia. Entre 2010 e 2019, o país registrou mais de 112 mil mortes por suicídio, ocupando o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio.


Embora possa afetar pessoas de todas as idades, o suicídio foi a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em 2019, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). As mulheres tentam o suicídio com mais frequência, mas os homens têm mais chances de conseguir: para cada mulher que morre por suicídio, 3,5 homens perdem a vida pelo mesmo motivo na região. Além disso, as evidências disponíveis mostram que o suicídio tem um impacto desproporcional em grupos vulneráveis, como populações indígenas e pessoas LGBTQI+.


  • Fatores que podem contribuir para o aumento dos casos de suicídio


De acordo com a cartilha "Informando para Prevenir", publicada pela ABP e pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), 96,8% dos casos de suicídio registrados estão relacionados a doenças mentais, muitas vezes não diagnosticadas ou tratadas de forma inadequada. Assim, a maioria desses casos poderia ter sido evitada se os pacientes tivessem acesso a tratamento psiquiátrico e informações adequadas.


Ademais, segundo o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a pandemia da COVID-19 contribuiu significativamente para o aumento dos casos de suicídio nos últimos anos. Isso se deve ao aumento do desemprego, da insegurança financeira e do isolamento social, fatores que têm um impacto direto na saúde mental das pessoas. A Previdência Social relata que os transtornos mentais, como a depressão, são agora a terceira principal causa de afastamentos por auxílio-doença acidentário. Esses transtornos, exacerbados pelas dificuldades trazidas pela pandemia, frequentemente estão associados a outras condições graves, como a ideação suicida, evidenciando uma relação clara entre o contexto pandêmico e o agravamento dos problemas de saúde mental.


O uso e abuso de álcool e substâncias psicoativas na infância e adolescência é um fator responsável por cerca de 36% a 37% dos casos de suicídio. Isso porque, o uso dessas substâncias pode agravar transtornos afetivos como depressão, atuando como um gatilho para o suicídio. Além disso, a privação de sono é um fator significativo para a saúde mental em geral, especialmente no que se refere a crianças, adolescentes e ao desenvolvimento infanto-juvenil.


  • Como posso ajudar?


Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e ajudar esse paciente.

Entre no site setembroamarelo.com e acesse a página de downloads para baixar materiais exclusivos para divulgar o Setembro Amarelo em suas redes sociais, comunidade ou local de trabalho. Compartilhe mensagens de apoio, informação responsável e faça parte desta rede de prevenção para alcançar aqueles que mais precisam.


  • Onde encontrar ajuda?


Converse com alguém! – O Centro de Valorização da Vida (CVV), uma das ONGs mais antigas do Brasil, foi fundado em São Paulo em 1962. Oferece suporte emocional e trabalha na prevenção do suicídio por meio do telefone 188, além de disponibilizar atendimento via chat, e-mail e pessoalmente. Para mais informações, acesse o site: https://cvv.org.br/.


Procure ajuda profissional! – Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atendimento para pessoas em sofrimento psíquico através dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), desempenhando um papel fundamental na abordagem dos Transtornos Mentais.


Referências



ESCRITO POR: Caroline Menezes do Amaral Macedo (aluna de graduação em Farmácia - UFRJ)


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