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Prevenção do Alzheimer

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Fonte: Canva

A prevenção do Alzheimer é um tópico de grande importância, já que esta doença neurodegenerativa afeta milhões de pessoas em todo o mundo e não tem cura conhecida. Embora já se saiba que a genética desempenhe um papel significativo no desenvolvimento do Alzheimer.


À medida que a população envelhece, a prevenção da doença de Alzheimer emerge como uma questão crítica de saúde pública. Até o momento, não existe tratamento eficaz ou cura para a doença e investir em medidas preventivas pode ajudar a mitigar consideravelmente os custos financeiros associados a ela.

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Apresentaremos aqui associações que ainda estão sendo pesquisadas. No entanto, adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta equilibrada, exercícios, estimulação cognitiva e cuidado com a saúde em geral, pode contribuir para a saúde do cérebro ao longo da vida.



  • Atividades cognitivas, de lazer e físicas

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Estudos demonstraram que o envolvimento em atividades como leitura, jogos de tabuleiro e tocar instrumentos musicais pode estar associado à prevenção da patologia. Além disso, atividades de lazer, como dançar, também mostraram benefícios significativos.


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Manter-se socialmente ativo ao longo da vida e participar regularmente de atividades cognitivamente estimulantes ajuda a preservar a saúde cerebral e a capacidade cognitiva. Somado a isso, a prática regular de exercícios físicos, como caminhar, nadar ou andar de bicicleta, estimula o funcionamento do cérebro e contribui para a redução de fatores de risco vascular que podem estar relacionados ao Alzheimer. Portanto, uma combinação equilibrada dessas atividades pode ser uma estratégia valiosa na prevenção desta doença neurodegenerativa.



  • Dieta do Mediterrâneo

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Conhecida por seu alto consumo de peixe, vegetais, legumes, frutas e azeite de oliva, tem se destacado como uma abordagem alimentar que pode contribuir para a prevenção do Alzheimer. Estudos sugerem que a adesão a essa dieta pode ter efeitos protetores contra o desenvolvimento de Comprometimento Cognitivo Leve, uma condição precursora da Doença de Alzheimer. Essa abordagem alimentar é rica em nutrientes benéficos para o cérebro, como ácidos graxos saudáveis e antioxidantes, que podem ajudar a manter a saúde cognitiva ao longo do tempo.



  • Bebidas alcoólicas…com moderação

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Estudos mostraram que o álcool, quando consumido de forma moderada, pode desempenhar um papel protetor no cérebro. Mecanismos como a melhora dos níveis de colesterol, a redução da resistência à insulina, a diminuição da pressão arterial e a redução de marcadores inflamatórios estão entre os fatores que podem contribuir para essa proteção. Além disso, alguns componentes presentes em bebidas alcoólicas, como o resveratrol encontrado no vinho, demonstraram atividade antioxidante e anti-amiloidogênica, que podem ajudar a combater as alterações cerebrais associadas ao Alzheimer. No entanto, é importante destacar que o consumo excessivo de álcool tem efeitos prejudiciais à saúde e pode aumentar o risco de várias doenças. Portanto, a moderação é fundamental, e qualquer decisão sobre o consumo de álcool, deve ser tomada com orientação de um profissional da saúde e consideração dos riscos individuais.



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Existem também intervenções farmacológicas para a prevenção do Alzheimer. Quando lidamos com medicamentos, existem vários fatores a serem avaliados. Portanto, é necessário a orientação de um profissional da saúde para que sejam analisados parâmetros de risco-benefício, para que um medicamento seja utilizado para prevenção é porque deve-se ter um risco associado de adquirir a doença, por isso o benefício da intervenção.



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Muitos medicamentos em desenvolvimento ou já disponíveis podem ter efeitos colaterais indesejados, que variam de problemas gastrointestinais a alterações na função hepática e até mesmo riscos cardiovasculares. Além disso, a eficácia dessas intervenções nem sempre é garantida e, em alguns casos, os benefícios podem ser limitados ou não comprovados. É importante considerar também outras abordagens, como mudanças no estilo de vida, que podem complementar ou até mesmo superar os benefícios das intervenções farmacológicas, com menor risco de efeitos colaterais.



Ainda assim, a título de curiosidade, vamos analisar os estudos que vêm sendo elucidados acerca de alguns medicamentos na prevenção do Alzheimer.



  • Estatinas

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Medicamentos comumente usados para reduzir o colesterol, estudos demonstraram que o uso de estatinas pode estar associado a um menor risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Esse benefício parece não depender do tipo específico de estatina, mas está relacionado a diversos mecanismos, incluindo a inibição da síntese de colesterol, a melhora da função endotelial, a redução da aterosclerose e a diminuição do estresse oxidativo no cérebro. Além disso, as estatinas também podem ter um impacto na redução da formação de proteínas associadas ao Alzheimer, como o amilóide, e na diminuição do acúmulo de emaranhados neurofibrilares. Essas descobertas sugerem que as estatinas podem desempenhar um papel na proteção da saúde cerebral, contribuindo assim para a prevenção do Alzheimer. No entanto, é importante discutir o uso de estatinas com um profissional de saúde, pois cada caso é único e requer avaliação adequada.



  • Anti-hipertensivos

Utilizados para controlar a pressão arterial elevada, podem desempenhar um papel na prevenção do Alzheimer e do declínio cognitivo associado. Evidências sugerem que a hipertensão na meia-idade é um fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Além disso, alguns estudos relataram que pessoas tratadas para hipertensão na meia-idade mostraram ter menos sintomas da doença de Alzheimer em comparação com aqueles que não receberam tratamento. No entanto, é importante notar que o impacto dos anti-hipertensivos na prevenção do Alzheimer pode variar dependendo da idade e de outros fatores individuais.



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Vale ressaltar que há também intervenções farmacológicas no tratamento da doença de Alzheimer, que envolve o uso de medicamentos específicos projetados para ajudar a aliviar os sintomas da doença e, em alguns casos, retardar seu progresso, já que não curam a doença, mas podem proporcionar melhora na qualidade de vida. Por isso, a importância de em prevenirmos a doença.



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Em resumo, a prevenção do Alzheimer envolve uma abordagem holística que inclui hábitos alimentares saudáveis, exercícios regulares, gerenciamento do estresse, envolvimento social, atividades intelectualmente desafiadoras e o cuidado com condições médicas crônicas. Apesar de não garantir que essas estratégias evitarão completamente o Alzheimer, elas podem reduzir significativamente o risco e promover uma vida mais saudável e plena. Portanto, é importante adotar um estilo de vida que apoie a saúde cerebral ao longo da vida.



Referências:

  • BRASIL, Agamenon Paulino Torres et al. Efeitos do exercício físico nas funções cognitivas e funcionais para prevenção do Alzheimer: revisão literária. Rev Soc Bras Clin Med, v. 16, n. 3, p. 184-9, 2019.

  • BRUCKI, Sonia Maria Dozzi. A prevenção da doença de Alzheimer existe?. Dementia & Neuropsychologia, v. 3, p. 209-213, 2009.

  • CARONI, Danielly; RODRIGUES, Júlia Stuchi; SANTOS, Aliny Lima. Influência da alimentação na prevenção e tratamento do Alzheimer: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 12, n. 5, p. e14812541677-e14812541677, 2023.CARONI, Danielly; RODRIGUES, Júlia Stuchi; SANTOS, Aliny Lima. Influência da alimentação na prevenção e tratamento do Alzheimer: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 12, n. 5, p. e14812541677-e14812541677, 2023.

  • ESPELAND, Mark A. et al. Association between reported alcohol intake and cognition: results from the Women’s Health Initiative Memory Study. American Journal of Epidemiology, v. 161, n. 3, p. 228-238, 2005.

  • VARGAS, Mônica Brugnera de. A dieta mediterrânea na prevenção da doença de Alzheimer: uma revisão de literatura. 2022.


ESCRITO POR: Carolina Rodrigues Monteiro Barros (aluna de graduação em Farmácia - UFRJ)

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