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POLIOMIELITE

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Atualizado: 11 de nov. de 2022



Você sabe o que é?


A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus (vírus de RNA) que se manifesta de várias formas, sendo a principal, caracterizada pela paralisia muscular, em especial dos membros inferiores. Esta última, ocorre devido ao ataque do poliovírus às células nervosas da medula espinal, no caso, o vírus destrói os neurônios motores que se situam nesta região, levando então à perda de massa muscular e consequentemente ao quadro de paralisia.



MODO DE TRANSMISSÃO:


Principalmente por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral (a principal) ou oral-oral. Essa última através de gotículas de muco da orofaringe.

É importante ressaltar que, o vírus da poliomielite é capaz de infectar tanto crianças quanto adultos não imunizados, podendo ser transmitida através do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas acometidas por esta doença.

O período de incubação geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias.



COMPLICAÇÕES:


A principal complicação é a paralisia e parada respiratória devido à paralisia muscular. Outras consequências/sequelas frequentes são:

  • Pé torto

  • Osteoporose

  • Rigidez na nuca

  • Meningite

  • Atrofia muscular

  • Crescimento diferente das pernas

  • Paralisia de uma das pernas

  • Paralisia dos músculos da fala e da deglutição

  • Dificuldade de falar

  • Problemas e dores nas articulações

  • Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada





TRATAMENTO:


Não há tratamento específico, mas todos os casos com manifestações clínicas devem ser internados para tratamento de suporte. Entretanto, para alguns casos é possível tratar determinadas sequelas através da fisioterapia e realização de exercícios que ajudem a desenvolver os músculos afetados, contribuindo assim para a diminuição dos efeitos oriundos das sequelas.



FATORES DE RISCO E MEDIDAS DE CONTROLE:


Sabe-se que, um dos principais fatores de risco para o acometimento da doença, é a baixa cobertura vacinal. Ao passo em que, a vacinação é a única forma de prevenção da doença, se faz importante mantê-la em dia. Devido a isto, todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme o esquema de vacinação abaixo:



Entende-se por criança adequadamente vacinada aquela que recebeu três ou mais doses de vacina oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose.

No passado, esta doença já foi de alta incidência no Brasil, deixando centenas de indivíduos com sequelas paraliticas. No ano de 1989, registrou –se o último caso no país, após um período de grandes campanhas vacinais. Em 1994, o poliovírus selvagem foi considerando erradicado do Brasil e das Américas. Entretanto, ele continua circulando em outros continentes, o que impõem a manutenção de uma vigilância ativa, para impedir a sua reintrodução no país.

Atualmente, devido a baixas taxas de vacinação, doenças como a Poliomielite, podem voltar a ser um risco. Recentemente, houve a campanha para a Vacinação contra a Poliomielite que foi estendida devido à baixa adesão nos diferentes estados do país. De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento apenas 60% do público alvo (crianças na faixa etária de 1 a 5 anos) recebeu a dose. Sendo que a meta da campanha é atingir 95% dessa faixa etária.

Uma das razões pela qual a campanha de vacinação, sofreu baixa adesão se deve a mitos relacionados à Poliomielite, estando alguns envolvidos com a falsa alegação que a vacina pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais entre outras informações sem cunho científico.

Entretanto, a vacinação é extremamente importante e seguir o seu calendário ainda mais, uma vez que de acordo com o Ministério da Saúde, além de proteger contra doenças imunopreveníveis, a vacinação traz outros benefícios como evitar a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas e tratamento de reabilitação e óbitos.

Por esta razão, se faz essencial nos mantermos atentos a estes e outros tipos de alegações falsas, visto que, a partir da influência deles, inúmeras crianças deixam de ser vacinadas e com isso correm o risco de serem acometidas pela doença que, como vimos, pode trazer inúmeros prejuízos para a qualidade de vida. Portanto, a única medida de controle é a vacinação!


Lembrem-se que: Vacinar salva vidas!




Escrito por: Thayná Cardoso (aluna de graduação em Farmácia, UFRJ)



REFERÊNCIAS:


Doenças Infecciosas e Parasitárias: G UIA D E B O L S O guia de bolso 4ª edição ampliada. Ministério da Saúde.




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