Quer saber o que são medicamentos tarjados e quais são as suas diferenças? Confira o texto!
Fonte: márcio antoniassi
Somos acostumados a ouvir sobre os medicamentos de tarja vermelha e preta, e que devemos prestar atenção às suas diferenças, e sua forma de uso. Porém, poucos sabem o que de fato as tarjas representam, bem como o que as distinguem umas das outras. Pois bem, primeiro vamos entender o que são essas tarjas que tanto ouvimos falar.
As tarjas presentes nas embalagens dos medicamentos, nada mais são do que uma forma de os classificar de acordo com o risco que apresentam, sendo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a responsável por realizar tal função.
Sabe-se que existem diversas classificações para os medicamentos, que vão desde os que possuem a necessidade de prescrição médica para o seu uso, até os medicamentos isentos de prescrição (MIPs).
Segundo a ANVISA, os medicamentos tarjados são aqueles que requerem a prescrição de um profissional da saúde. Estes medicamentos devem apresentar em sua embalagem uma tarja de cor podendo ser vermelha ou preta, tendo cada cor, um significado quanto ao grau de risco que possuem.
Medicamentos de Tarja Vermelha
São aqueles que precisam de prescrição assinada por um profissional da saúde habilitado para serem adquiridos, pois, são utilizados para quadros clínicos que exigem maior cuidado e controle. Além disso, podem ser divididos em duas categorias: os que exigem retenção ou não de receita médica, por parte do profissional farmacêutico após ter dispensado o medicamento.
Quando, na caixa já vem com o aviso “Venda sob prescrição médica” que estará escrito por cima da tarja, o medicamento só pode ser vendido com retenção da receita, logo, o indivíduo terá que deixar a receita médica na farmácia.
Além disso, estes medicamentos costumam ser os de uso controlado e tendem a ser utilizados para diabetes, hipertensão arterial, e como psicotrópicos. Devido ao direcionamento de seu uso, é que alguns acabam precisando que a receita seja retida, pois são fármacos que podem não só trazer inúmeros efeitos colaterais e contraindicações, mas também causar dependência.
Medicamentos de Tarja Preta
Assim como o outro, estes também necessitam de receita médica, pois apresentam ainda mais efeitos colaterais e reações adversas devido a sua composição.
A grande diferença entre eles e os de tarja vermelha, se deve ao aumento quanto ao controle e cuidado por parte dos profissionais de saúde ao receitá-los, bem quanto, ao maior cuidado dos pacientes ao fazer uso deles, pois, estes são medicamentos que são direcionados ao tratamento de depressão, insônia, síndrome de pânico, transtornos de ansiedade, entre outros.
Como o tratamento destas condições médicas pode levar um longo período, o indivíduo acabar utilizando estes medicamentos por bastante tempo de forma constante, o que consequentemente pode vir a gerar dependência química devido a composição que estes medicamentos possuem, e até mesmo levar à morte, em casos de uso de doses tóxicas. Quanto aos seus efeitos colaterais, entre os mais comuns estão o sono, desequilíbrio emocional, taquicardia, dificuldade para se concentrar e esquecimento.
Fonte: farmacêutico digital
Quanto aos demais medicamentos, como aqueles que não requerem prescrição médica, estes são classificados como medicamentos isentos de prescrição, os MIPs. Eles são classificados como não tarjados, devido ao perfil de segurança no uso, ou seja, mesmo quando um medicamento deste gênero é utilizado em doses erradas, há a segurança de que o indivíduo não sofrerá danos graves à saúde.
Dessa forma, os MIPs podem ser tomados e adquiridos sem prescrição médica, pois, são indicados para tratar sintomas leves e comumente conhecidos, como dores de cabeça, azias, sintomas da gripe, entre outros desse gênero.
Vale ressaltar que, mesmo que a sua venda não necessite de prescrição médica e que estes medicamentos não apresentam riscos à saúde tão graves quanto os medicamentos tarjados, não é indicado que se faça uso destes, de forma indevida ou compulsória, pois, assim como outros medicamentos, eles também podem gerar efeitos colaterais.
Curiosidades:
Os medicamentos de tarja amarela, são aqueles cuja embalagem apresenta a tarja amarela e a letra “G” para indicar que este é um medicamento genérico e assim, diferenciá-lo dos demais.
Embora esses medicamentos possuam a tarja amarela em sua embalagem, e como vimos, os medicamentos tarjados precisam de receita médica, essa necessidade não se aplica a todos os medicamentos com esta tarja. Ou seja, esses medicamentos podem tanto necessitar de prescrição ou não.
Para aqueles que necessitam de receita, geralmente a embalagem possui a frase "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA" e também vemos a adição de uma segunda tarja, podendo ser tanto vermelha ou preta, de acordo com o risco que apresentam.
Já, os que não requerem a receita médica, normalmente possuem somente a tarja amarela e não há aquela típica frase destacada acima. Estes, podem ser classificados como MIPs, uma vez que eles são isentos de prescrição.
Desta forma, podemos ter tanto os medicamentos que não precisam de prescrição e que possuem tarja amarela, e os que não possuem nenhuma tarja e por sua vez, não precisam de prescrição.
Escrito por: Thayná Cardoso (aluna de graduação em Farmácia, UFRJ)
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