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Leptospirose: O inimigo das enchentes


A leptospirose é uma zoonose generalizada e potencialmente fatal, endêmica em muitas regiões tropicais e que causa grandes epidemias após fortes chuvas e inundações. A infecção é mais comum em roedores e animais silvestres, podendo chegar a 160 mamíferos pelo Mundo.

A transmissão está atrelada a fatores ambientais, como as enchentes uma vez que pode ser o contato com as excretas dos roedores.


Mas como acontece a transmissão?

Durante enchentes e inundações, a água e a lama podem se contaminar com a urina

de ratos que normalmente habitam esgotos e bueiros. Essa contaminação representa um risco de infecção para quem entrar em contato com a água da chuva ou com a lama

infectada. A bactéria Leptospira interrogans, presente nessa urina, pode entrar no

corpo humano através de cortes, arranhões ou qualquer outra lesão na pele, ou ainda

com esta íntegra, caso haja imersão na água durante muito tempo, ou pelas mucosas.

Além disso, a exposição à água ou à lama que esteve em contato com esgoto, corpos

d'água contaminados, ou áreas onde há presença de ratos aumenta as chances de

contrair a doença.


Os sintomas mais comuns da leptospirose são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo,

principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos,

diarreia e tosse. Em casos mais sérios pode apresentar icterícia (amarelamento da pele

e dos olhos).


Caso seja positivo para essa condição, o tratamento envolve a administração de

medicamentos específicos e o suporte clínico necessário, sempre sob a supervisão de

um profissional de saúde, que ajustará o tratamento conforme os sintomas do paciente.

Enquanto os casos mais brandos podem ser gerenciados ambulatorialmente, as situações mais sérias exigem internação hospitalar para um acompanhamento mais intenso. É importante evitar a automedicação, visto que ela pode piorar o quadro clínico do paciente.


Para combater a leptospirose, o combate deve iniciar com a melhoria do saneamento

básico, higiene pessoal, evitar o contato com água contaminada, controlar a

presença de roedores com armadilhas e inseticidas, além de manter o ambiente limpo.


A adoção dessas medidas pode reduzir significativamente o risco de infecção por

leptospirose, protegendo a saúde individual e da comunidade. É importante estar sempre atento e buscar orientação médica imediatamente ao apresentar sintomas.


Danielle Pessioni, aluna de Biomedicina UFRJ.


Referências:

Fundação Oswaldo Cruz. Glossário de doenças

Ministério da Saúde.

“Systematic review of factors associated to leptospirosis in Brazil, 2000-2009”.

Epidemiol. Serv. Saúde v.20 n.4 Brasília dez. 2011

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